O Poliestireno (PS) é um termoplástico duro, amorfo e transparente polimerizado a partir do monômero de estireno (vinil-benzeno), um líquido oleoso, com aquecimento de uma suspensão em água e utilizando peróxido para iniciar a reação. Sua cadeia é semelhante à do Polietileno, exceto por um dos hidrogênios de mero, que é substituído por um grupo fenila.
É inodoro, insípido e atóxico, e tem como principais características a alta transparência, dureza, facilidade de processamento e baixo custo. Em termos químicos, é um hidrocarboneto de cadeia longa representado pela fórmula (C8H8)n, em que cada unidade repetitiva possui um carbono ligado a um grupo lateral fenil.
Por ser um polímero sintético de adição versátil se apresenta de diversas maneiras, sendo as principais:
- Poliestireno Comum ou Cristal (GPPS – General Purpose Polystyrene): visualmente semelhante ao vidro devido às moléculas que contém anéis de benzeno e atraem outras moléculas. Isso também o torna mais quebradiço e menos flexível. É transparente, rígido e com alto índice de refração por causa do empacotamento mais apertado das cadeias poliméricas;
- Poliestireno de Alto Impacto (PSAI): também chamado de HIPS (High Impact Polystyrene), é o PS com adição de mais de 10% de um elastômero, Polibutadieno ou Estireno-butadieno. Isso o torna mais resistente ao impacto e ao alongamento, porém torna o material leitoso. Pode receber diversas cores;
- Poliestireno Standard (PSST): termoplástico homopolímero obtido por extrusão a partir do Poliestireno Cristal Granulado. É transparente, rígido e sólido, apresentando uma variedade de aplicações rotativas nas quais o custo-benefício é prioridade;
- Poliestireno Expandido (EPS): espuma semirrígida conhecida como isopor. É 98% composto de gases e apenas 2% de Poliestireno, e por isso é expandido. Os formatos, densidades e características físicas variam de acordo com a necessidade de aplicação.
O Poliestireno é muito utilizado também em copolímeros e blendas, como SAN, ABS, SBS, SBR, PS/PC, PPO/PS, entre outros.
CARACTERÍSTICAS DO POLIESTIRENO STANDARD (PSST)
Quando é necessário expressar a capacidade de injeção de máquinas o Poliestireno serve de referência devido ao seu baixo custo, moldabilidade fácil em baixa temperatura e com boa fluidez, alta transparência, possibilidade de pigmentação, estabilidade dimensional e baixa contração volumétrica.
Sua densidade quando fundido (0,95 g/cm³) é próxima à sua densidade em estado sólido (1,05 g/cm³), o que facilita os cálculos de capacidade de injeção e posterior conversão para outros polímeros.
Outras características essenciais do PS são:
- Elevada resistência a álcalis e ácidos
- Baixa densidade e absorção de umidade
- Baixa resistência a solventes orgânicos, calor e intempéries
- Fácil processamento
- Quando aditivado, altamente resistente a impactos
- Propenso a problemas relacionados à migração de plastificantes
Em relação ao Poliestireno Standard, suas principais características incluem:
- Brilho e transparência próximos ao do acrílico e vidro
- Excelente difusão de luz
- Boa resistência ao impacto frontal
- Perfeita reprodução da superfície gravada
- Alta flexibilidade
- Ótima estabilidade dimensional
- Material leve
- Fácil processamento
- Boa relação custo-benefício
- Variedade de aplicações
O PSST é mais sensível ao impacto que o Poliestireno de Alto Impacto e possui baixa resistência a solventes, mas é amplamente utilizado em aplicações que exigem transparência e rigidez. Não resiste a solventes e só pode ser limpo com detergente neutro dissolvido em água ou álcool isopropílico a 10%. Não é indicado para uso externo por não ser aditivado com Anti-UV.
Propriedades do Poliestireno (PS)
- Densidade (sólido): 1,05 g/cm³
- Contração volumétrica: 0,3% a 0,7%
- Temperatura de transição vítrea (Tg): 100°C
- Temperatura de escoamento: 240°C
- Temperatura de processamento: 170°C a 240°C Temperatura de uso contínuo: até 80°C
APLICAÇÕES DO POLIESTIRENO STANDARD (PSST)
O PS é versátil e de baixo custo, caracterizado principalmente pela alta transparência, rigidez e fragilidade. É indicado para aplicações que demandam baixa solicitação mecânica e boas propriedades ópticas.
- Displays e expositores para pontos de venda
- Placas de sinalização
- Painéis internos e externos para stands
- Difusores de luz
- Materiais de PDV
- Luminosos internos
- Luminárias
- Divisórias de ambientes
- Utilidades domésticas
OUTRAS APLICAÇÕES DO POLIESTIRENO (PS)
- Poliestireno comum ou cristal (GPPS)
- Capas de CDs
- Pipetas descartáveis
- Copos descartáveis
- Tesouras
- Pentes
- Escovas
- Potes de iogurte
- Poliestireno de alto impacto (PSAI)
- Potes para cozinha
- Revestimentos internos de refrigeradores
- Disjuntores
- Pentes
- Cabides
- Embalagens para pastas
- Bandejas para alimentos
- Poliestireno expandido (EPS) / ISOPOR
- Embalagens e bandejas para alimentos
- Caixas térmicas
- Isolamento residencial
- Nivelamento de rodovias
- Forros de capacetes
OPÇÕES DE PROCESSAMENTO DO POLIESTIRENO STANDARD (PSST)
O Poliestireno pode ser processado de três formas: extrusão, injeção e termoformagem.
Moldagem por injeção
O termoplástico é fluidificado por aquecimento e injetado em um molde, cuja cavidade é o negativo da peça que será produzida. Essa cavidade se enche de plástico sob grande pressão e resfria, dando origem ao produto em estado sólido.
As pressões aplicadas podem variar de 5000 a 20.000 psi, sendo o molde fechado durante a injeção e resfriamento. O processo só é financeiramente viável quando há uma grande quantidade de peças a ser feita para que compense os custos do molde, fabricado em aço endurecido ou alumínio.
A baixa resistência ao impacto desse material pede atenção quanto ao desenho da peça e à localização do ponto de injeção, pinos ou placas de extração para evitar danos ao produto. A temperatura do molde deve ser mantida entre 20°C e 50°C.
Moldagem por extrusão
No processo por extrusão o Poliestireno é empurrado através de uma matriz de extrusão dentro de uma extrusora, que é uma máquina com funil de alimentação (por onde entra o material), um corpo cilíndrico, no qual gira um parafuso, e uma cabeça de suporte.
Na saída da extrusora, o termoplástico pode passar por cilindros de gravação para receber o acabamento necessário. A etapa final consiste em cortar ou enrolar o produto.
Moldagem por termoformagem
Na termoformagem uma placa termoplástica plana previamente extrudada é aquecida para que amoleça sob um molde, no qual o ar é sugado entre a placa e o molde para que o PSST adquira aquele formato.
A peça é resfriada para que seja retirada sem prejudicar o resultado e as rebarbas são removidas, dando origem ao produto desejado.